Número de leitores cai 8%

Em 2007, quando entrevistados pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 95,6 milhões de brasileiros eram considerados leitores, tendo lido pelo menos um livro nos três meses anteriores ao levantamento. Quatro anos depois, conforme os resultados de 2011 da terceira edição do estudo, o mais importante sobre o comportamento dos leitores no país, esse número caiu 8,4%, para 88,2 milhões. Em porcentagem, se antes 55% da população com mais de cinco anos era leitora, agora são 50%. 

A nova pesquisa também aponta que, na média de toda a população (incluindo leitores e não leitores), o número de livros lidos em um ano foi de 4,1, contra 4,7 em 2007. E, desses quatro livros lidos, 2,1 foram inteiros, e 2 “em partes”. Na média anual, não foi divulgado quanto desse total foi lido por indicação da escola, e quanto por iniciativa própria. Em 2007, apenas 1,3 livro era lido por iniciativa individual.
A pesquisa deixa claro que há grande influência da escola nos índices de leitura. Na faixa de idade que vai dos 5 aos 24 anos, a maioria da população é leitora. Já na faixa de 25 até 70 anos ou mais, a maior parte é não-leitora. Quem é estudante lê uma média de 6,2 livros/ano (contra 7,2 em 2007), enquanto quem está fora da escola lê 2,3 (contra 3,4 na pesquisa anterior). 

A Retratos da Leitura, realizada pelo Ibope, entrevistou 5.012 pessoas em 315 cidades brasileiras. Ela é encomendada pelo Instituto Pró-Livro, fundado e mantido por entidades e empresas do setor (Abrelivros, CBL, Snel e editoras). A margem de erro é de 1,4 ponto percentual, segundo o Ibope. 

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, Helio Gastaldi, diretor do Ibope Inteligência, afirmou que a redução no número de leitores pode ter sido influenciada por alterações na metodologia da pesquisa, uma vez que a pergunta a esse respeito sobre passou a ser feita antes das demais, para diminuir distorções.
Na apresentação distribuída ontem, o Ibope também explica que, antes de todas as perguntas relacionadas a livros, foi definido o que é um “livro” (ressaltando que o conceito exclui, por exemplo, manuais, catálogos e gibis). 

A pesquisa também mostra que a leitura caiu entre as atividades preferidas pelos brasileiros no seu tempo livre. Leia mais aqui

O que a Retratos da Leitura de 2011 reafirma é a influência do nível de escolaridade e renda na formação de público leitor, além da importância do ambiente familiar e escolar. 

Analisando os extremos, quem tem ensino superior lê a média de 7,7 livros por ano, enquanto quem tem até a quarta série lê 2,5. No âmbito da renda, quem ganha mais de dez salários mínimos registra média de 8,6 livros/ano, enquanto a população que ganha até um salário lê 2,7. 
 
 
Fonte: PublishNews

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